20/06/07

A tradição já não é o que era!!!


Andava eu nas minhas pesquisas quando encontrei este delicioso "konto".

" Branca de Neve e os sete Baixinhos"

Os nossos tempos mudam e os nossos contos ficaram para trás… Sem mudar a essência dos contos clássicos, apresento-vos a mesma história de forma agradável, com a nossa linguagem usual…




Há bué de tempo, num bruto dum castelo, viviam um cota muita xunga e a giraça da enteada, a Branca de Neve. A cota tinha a mania que era jeitosa, e passava a vida inteira a ver-se ao espelho, e dizia:
- Espelho mágico, espelho meu, há alguém mais grossa do que eu?
O espelho dizia sempre que não, mas houve um dia que ele se cortou e gabou a boa da enteada.
A Branca levava uma vida de cão, parecia que vivia num xelindró, quase sem tempo para enviar umas mensagens por télélé. Perante tal desatino só lhe apetecia dar de frosques, porque a madrasta mandava-lhe bué de cortes.
Mas de alguns dias para cá, a garina andava toda contente, pois andava um gandq borracho a mirá-la.
Com aquela cena a madrasta ficou "feita num oito" e mandou um ranso dum caçador levar a Branca pró mato e trazer o seu coração numa caixinha.
O gajo ainda teve prestes a esfaqueá-la mas deu-lhe uma de ser bonzinho e deixou-a fugir, cançando de seguida um lebre, para retirar o coração e fazê-lo passar pelo da Branca.



A gajika fartou-se de correr pelo mato fora até dar de caras com uma casinha bué peché onde viviam sete baixinhos bué de bacanos: o Atrofiado, que curtia bués andar a atrofiar o pessoal; o Tagarela, que passava o tempo todo a dar à matraca e a rir; o Fofinho, que enchia o pessoal de mimos; o Dorminhoco, que andava sempre a xonar; o Boss que curtia à brava ser o mandão; o Espirro que andava sempre aos "atchins"; e o Traquina que fazia tudo pela calada!
Os baixinhos ainda buliam na mina, por isso não estava ninguém na casinha.
Ora, a gajika resolveu entrar e encontrando tudo de pantanas, deu um jeitinho à casa, depois foi arrochar prás camas dos baixinhos.
Uma beka mais tarde, os bacanos voltam par casa e vêem a Branca a xonar. Ela acorda e bate um papo com eles sobre a vida dela. Os bacanos morderam o esquema e deixaram-na ficar.
Já no castelo, a cota descobriu que a Branca ainda estava viva, e deu-lhe logo um vaipe. Ora a cota estava toda danada com a cena e endronhou um alto plano. Fez uma mixórdia verde que bebeu de seguida, transformando-se numa ganda velha. Pegou numa maçã e envenenou-a.
Depois foi toda pirosa até à casa dos baixinhos.
Enquanto isso, na casa dos bacanos, a Branca encontrava-se sozinha. Até que a Bruxa da velha aparece e dá-lhe a maçã, a Branca mordeu o isco, e trancou-lhe uma trinca. O que fez com que lhe desse logo um treco. A bruxa toda lambida deu de frosques.


Os baixinhos chegam a casa e vêm a dama espalhada ao comprido. Pensando que a Branca tinha esticado o pernil, os baixinhos orientaram-lhe um caixão de cristal e puseram-na numa clareira no meio do mato. Certo dia, passa o borracho que a andou a mirar no princípio da história e armado em garanhão espetou-lhe um jiko na beiça.
A dama começou a ganhar calores e acordou do seu sono. A garina e o chavalo curtiram-se bués. Ora a bruxa levou o bucho. Mas a maior flexada foi que o casalinho foi buéréré de feliz.
Sbem
Mia Eusébio

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